A palavra Graal, etimologicamente, vem do latim tardio “gradalis” ou “gratalis”, que deriva do latim clássico, “crater”, vaso.
O Graal é a visão do divino, é a unidade cósmica reencontrada que deveria ser realizada na ligação alquímica do próprio ser, na Sancta Sanctorum da alma humana. A circunferência do centro equivale ao passo do exterior para o interior, a forma da contemplação, da multiplicidade da unidade.
No antigo Egito, aparece sobre a cabeça de boi Apis um vaso pirogênio, que se chamava "Gradal". O Cálice representa o coração do homem, órgão que para os antigos era o centro do Conhecimento, lugar de radicaçõ da chispa ou partícula divina que todo homem leva dentro de si. O despertar desse Fogo daria ao homem a iluminação necessária para unir-se com a essência de onde provém.
O Graal conserva-se oculto às pessoas comuns; chega-se a ele batalhando numa longa peregrinação e o consegue por meio de alimento espiritual reservado a uma Irmandade de Eleitos, da qual participa a Presença Divina. Todo caminho é pessoal, já que cada um se alimenta com o que necessita e faz o esforço devido pra conseguir ver, sentir e reinar Deus em seu próprio coração.
"A realização ou superação de cada um efetua-se por meio de uma atividade, que normalmente é interna, pois se exerce a partir do centro de cada plano". René Guenon