quinta-feira, 29 de abril de 2010

O Hipotálamo


Essa glândula interessa ao discípulo por representar o ponto de concentração, no tecido físico, das energias do Chackra Frontal. É na região do hipotálamo que se localiza um dos sete centros da cabeça que se abrem na iniciação. A origem do hipotálamo está ligada filogeneticamente com a Atlântida. O hipotálamo é parte do sistema límbico. Uma vez estimulado, pode agravar no homem a sensação de fome, o desejo sexual, a necessidade de segurança e de uma experiência nova. Bom, falar sobre o hipotálamo é história pra muito tempo, o desenvolvimento espiritual, seja de qualquer religião, requer disciplina e um "planejamentó" íntimo, com o seu Deus. Conhecer o seu corpo e as vias que os conectam a Divindade é o primeiro passo para o equiíbrio perfeito. O hipotálamo é extremamente sensível à mudança na irrigação sanguínea, sabendo-se disso tudo muda. Pra quem sabe ler um pingo é letra né. O primeiro passo que um Sacerdote, após seus sete anos, em dedicação com os seus Deuses, deverá saber é como usar o hipotálamo ritualisticamente, já que o hipotálamo controla as atividades viscerais de muitos órgãos, tais como o controle da temperatura, a secreção das glândulas endócrinas etc.

sábado, 24 de abril de 2010

Ritualisticamente falando



O ritual é a imitação dos cliclos reincidentes da vida, mas com um ingrediente a mais: o significado. O que para o mundo é rotina para nós é drama. Crime, culpa, expiação, salvação.


O ritual ao mesmo tempo que nos conforta com significados, tambem reitera a gratuidade do drama que no fim não significa nada, pois tudo recomeça. Mas dá outra lição também, a principal: que é preciso ir até o fim. Não importa se o que você busca no fim é a salvação da sua alma ou a confirmação de que nada significa nada, é preciso ir até o fim.


"Coisas vivas comem coisas mortos, ou semivivas, e as metabolizam para viver."

terça-feira, 20 de abril de 2010

E assim surgiram todas as coisas...




"No momento infinito, antes de tudo,
a Deusa levantou-se do Caos e deu
nascimento a Ela mesma.

Isto foi antes de qualquer coisa ter nascido,
até Ela própria. E quando separou os céus das águas,
Ela dançou sobre elas.

Conforme Ela dançava, assim aumentava Seu êxtase
e em seu êxtase Ela criou tudo o que existe.


Seus movimentos provocaram os ventos e assim
o elemento Ar nasceu e respirou, e a Deusa
nomeou a Si mesma de:
Arianrhod, Cardea e Astarte.

E faíscas saiam de seus pés conforme Ela dançava
e brilhavam como o Sol, e as estrelas se prenderam em Seus
cabelos. s cometas passavam sobre Ela e assim o elemento
Fogo nasceu e a Deusa nomeou a Si mesma de:
Sunna, Veste e Pele.


Sob os Seus pés moviam-se as águas formando ondas e assim
os rios e lagos passaram a fluir e Ela nomeou a Si mesma de:
Binah, Mari Morgaine e Lakshmi.


E procurando descansar seus pés na dança,
produziu a Terra de modo que as margens dos rios
e mares fossem os Seus pés; as terras férteis, o Seu ventre;
as montanhas, os Seus seios fartos e Seus cabelos, todas as
coisas que cresem, e a Deusa nomeou a si mesma de:


Ceriwen, Deméter e Mãe do Milho.
E Ela se tornou Aquela que é, foi e será,
nascida de Sua própria dança sagrada,
do prazer cósmico e da alegria infinita.


Ela sorriu e criou a mulher à Sua própria imagem,
para ser a Sua Sacerdotisa.
De seus elementos - Terra, Ar, Fogo e Água -
a Deusa criou o Seu Consorte para lhe dar amor,
prazer, companheirismo e para compartilhar.


A Deusa falou então aos Seus filhos:
- Eu Sou a Lua que iluminará
os seus caminhos e revelará os seus ritmos.
- Eu Sou a Dançarina e a Dança..
- Eu Me movo sem movimento.
- Eu Sou o Sol que dá calor
para germinar e crescer.
- Eu Sou tudo o que será.
-Eu Sou o vento que virá ao seu chamado
e as águas que oferecem a alegria.
-Eu Sou o Fogo
da dança da vida
e a Terra abaixo de seus pés dançantes.
- Eu dou a todas as minhas Sacerdotisas
os três aspectos que são Meus:


-Eu sou Ártemis, a Donzela dos animais
e a Virgem da caça.
- Eu sou Ísis, a Grande Mãe.
- Eu sou Ngame, a Deusa ancestral que sopra a mortalha.
-Eu serei chamada por milhões de outros nomes.
-Chamem por Mim, minhas filhas, e saibam que eu Sou
Nêmesis. Nós todas somos Donzelas, Mães e Anciãs.

-Oferecemos nossa energia criada ao espírito das mulheres que foram, ao espírito das mulheres que virão e ao espírito das mulheres que crescerão.


- E assim iremos evoluir juntos".




Mito Diânico da Criação

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Diabruras


Vênus apareceu, certa manhã, na cidade de Siena. Foi encontrada deitada, nua, ao sol.
A cidade rendeu honras a essa deusa de mármore, enterrada em tempos do império romano, que havia tido a gentileza de surgir do fundo da terra.
Foi oferecida a ela, como residência, a cabeceira da principal fonte.
Ninguém se cansava de vê-la, todos queriam tocá-la.
Mas pouco depois chegaram a guerra e seus espantos, e Siena foi atacada e saqueada. E na sua sessão do dia 7 de novembro de 1357, o Conselho Municipal decidiu que a culpa era de Vênus. Por castigo pelo pecado de idolatria, Deus tinha mandado aquela desgraça. E o Conselho mandou destroçar Vênus, que convidava à luxúria, e determinou que seus pedacinhos fossem enterrados na odiada cidade de Florença.
Em Florença, cento e trinta anos depois, outra Vênus nasceu, da mão de Sandro Botticelli. O artista pintou-a enquanto ela brotava da espuma, sem outra roupa que a pele.
E uma década mais tarde, qunado o monge Savonarola ergueu sua grande fogueira, dizem que Boticelli, arrependido dos pecados de seus pincéis, alimentou as chamas com algumas diabruras pintadas em seus anos juvenis. Com Vênus, não conseguiu.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ísis e Anúbis


Texto dedicado ao meu grande amigo Nonato, por ter se "doado" e aberto portais subconscientes jamais vivenciados pela raça humana.
O culto a Anúbis prevaleceu no Egito por causa de sua associação muito próxima com as divindades de Osíris. Alguns de seus ritos pode ter originado de outra divindade com cabeça de chacal, Wepawet.
Muitos templos greco-romanos dedicados a Ísis e Serápis às vezes também reconheciam Anúbis como divindade de cura. Qunado os autores greco-romanos desacreditaram os deuses egípcios com cabeça de animal, eles falavam geralmente de Anúbis, que atraía grande número de devotos e era quase sempre incluído com proeminência nas procissões de Ísis.
Seu culto no império romano era tão comum em algumas regiões que um futuro imperador, Domício, escapou da morte vestindo o manto de um dos sacerdotes de Anúbis para poder passar tranquilamente pela multidão irada.
Anúbis, conhecido como Anupu na língua gípcia, ajudou Ísis em Sua busca pelo corpo de Osíris, e acredita-se que criou, junto com ela, a arte de embalsamar. No submundo ele toma conta daqueles que morreram há pouco tempo, e é frequentemente representado guiando os mortos até a Sala de Julgamento, presidida por Osíris. Ele é também parte essencial da cerimônia da "Abertura da Boca" e, originalmente, fornecia o ferro mágico necessário ao enxó ritualístico

Representações físicas: Anúbis é na maioria das vezes representado com corpo humano e cabeça de chacal, ou na forma completa de um chacal ou cão. Pode ser representado vestindo o traje de um centurião romano. A forma de Anúbis é uma energia poderosa e protetora, e pode ser conectada como um guia em explorações astrais e também para novos conhecimentos. Sua presença é silenciosa, mas muito poderosa.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Cerridwen e seu Caldeirão


A Deusa Cerridwen era a grande Anciã de Gales. Era associada à Lua, ao caldeirão mágico e aos grãos. Todos os verdadeiros Bardos celtas dizem ter dela nascido; de fato, os Bardos galeses, como um todo, se auto denominavam Cerddorion (os filhos de Cerridwen). Diz-se que beber de seu caldeirão mágico confere a maior inspiração e talento a poetas e músicos. A jornada ao caldeirão era parte da iniciação de um Bardo, e era uma jornada perigosa, como pode ser visto na lenda de Taliesin.
Taliesin inicia sua vida como Gwion Bach. Aindo enquanto jovem, Gwion Bach vagava pelo norte de Gales. Subitamente, ele se funod no fundo do lago de Bala, onde viviam o gigante Tegid e sua esposa Cerridwen. A Deusa possuía dois filhos, um garoto e uma garota. A garota era muito bela, mas o garoto era extremamente feio. Cerridwen estava então preparando uma poção para que seu filho fosse muito sábio. Ela pediu para que Gwion a ajudasse mexendo o caldeirão que continha a poção. Ele mexeu por um ano e um dia até que só houvesse três gotas restando. As gotas ferventes pularam para seu dedo; instintivamente, ele levou o dedo queimado à boca e percebeu instantaneamente todo o terrível poder de Cerridwen. Ele então fugiu do lago em terror.
Furiosa, Cerridwen saiu em seu encalço. Numa tentativa de escapar da Deusa, Gwion se transformou diversas vezes, assumindo várias formas. Cerridwen o seguia, também ela se metamorfoseando, até finalmente comê-lo quando este assumira a forma de um grão de milho e Ela de uma galinha.
Nove meses depois ela deu à luz um menino, o qual lançou ao mar num barquinho.
Elphin, filho de um rico proprietário de terras, salvou o bebê e lhe deu o nome de Taliesin (semblante radiante). A criança reteve todo o conhecimento e sabedoria adquiridos pela poção e cresceu para tornar-se um talentoso e importane bardo.
Seu sacerdote só pode ensinar os fundamentos, os primeiros passos no caminho da individuação, da iluminação. Mais o caminho até o casamento sagrado é você quem faz no seu relacionamento diário com a deusa. Apenas a sua União diurma com ela em suas epifanias te trará o verdadeiro conhecimento. Ninguém poderá te dar. A base ritualística é passada por gerações mais a fé só você pode alimentar. Durante 21 anos um mestre é formado mais ele só dará seu saber 1 ano e 1 dia - todo o resto é seu.

domingo, 4 de abril de 2010

De barro somos


Conforme acreditavam os antigos sumérios, o mundo era terra entre dois rios e também entre dois céus.
No céu de cima, viviam os Deuses que mandavam.
No céu de baixo, os deuses que trabalhavam.
E foi assim, até que os deuses de baixo se cansaram de viver trabalhando, e começou a primeira greve da história universal.
Houve pânico.
Para não morrer de fome, os deuses de cima amassaram homens e mulheres de barro, e os puseram prara trabalhar para eles.
As mulheres e os homens foram nascidos nas margens dos rios Tigre e Eufrates.
Desse barro foram feitos, também, os livros que contam essa história.
Conforme está dito nesses livros, morrer significa regressar ao barro.