quinta-feira, 11 de março de 2010

Por amor


Quando o corpo de uma mulher é transformado num altar para o culto a Deusa, que é toda beleza e vida magnética; quando o homem se entrega num culto, num sacrifício, sem reter nenhuma parte do preço, mas entregando-se por amor, por ver em sua parceira a sacerdotisa que serve com ele no culto; nesse caso, evocada pelos seus adoradores, a Deusa entra no templo com pombas voando ao seu redor. É porque não temos fé que não vemos a Deusa por trás da mulher e não a invocamos. E é porque as mulheres não compreenderam a santidade da Grande Mãe que elas não têm respeito pelas dádivas que entregam ao homem.

Um comentário:

  1. Temo a identificação de uma deusa ou um deus que serão criações do espírito humano à imagem e semelhança do Homem.

    Foi assim Michelangelo na Capela Sixtina, que representa Deus um homem maduro de barbas brancas estendendo as mãos e tocando os dedos nos dedos do homem jovem apolíneo que ali recebe a centelha da criação.

    Há na Deusa, na Grande Mãe, no Deus Hebraico e tantos outros a redução excessiva da idéia livre à forma humana, o que inclui o sexo.

    A reflexão é sobre o Sagrado que não é humano na forma mas ainda o homem que se abstrai no universo de si mesmo, navegando o terreno livre das idéias.

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