O Sol não morria a cada noite e a cada inverno de modo que pudesse renascer? A semente não se oferecia à Terra de modo que pudesse ressucitar como uma nova planta? Após a ejaculação, o pênis não sacrifica sua potência para fertilizar o óvulo e perpetuar a raça?
A vida a partir da morte era um fato e, para assegurar que as bençãos da vida continuassem a vir da morte, nossos ancestrais da era osiriana acreditaram que deveriam tomar parte ativa no grande ritual de vida/ morte. Com essa finalidade, rumaram aos cumes das montanhas e aos mais altos lugares. Juntaram pedras, construíram altares e ofereceram sacrifício aos deuses.
A fórmula do sacrifício nasceu da crença equivocada de que o Sol sobe pela manhã e desce ao anoitecer. A morte do Sol é meramente uma ilusão de ótica, um deslocamento de sombra.
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